Lendas brasileiras

15 Lendas brasileiras

|
Nosso país tem um folclore rico em lendas de criaturas fantásticas que povoam as matas e os locais afastados, e não só elas, como ao longo do tempo, nossa cultura começou a incorporar lendas urbanas, que obviamente, são parte desse nosso tesouro cultural. Confira agora 15 dessas lendas urbanas e não tão urbanas.


15. Opala Preto

1/15 | Lendas brasileiras
lendas urbanas, folclore, mosntros, fantasmas, assombrações, histórias, contos, medo, terror
Ubiratã Carlos de Jesus Chavez era um dos mais conhecidos bandidos do Rio de Janeiro, em 1974. Em uma fuga, depois de ter roubado um Opala SS, Carlão da Baixada — como era conhecido — entrou no Túnel Rebouças, onde acabou batendo em um Fusca, no qual uma família voltava de um aniversário. Ninguém sobreviveu. Passados alguns anos, a lenda se criou. O Opala preto perseguia os carros que atravessassem o túnel de madrugada. Se o motorista lembrasse da tragédia e rezasse pelas almas das pessoas que morreram na batida, o carro-assombração começava a perder velocidade até sumir. Caso contrário, o Opala vinha em sua direção, cada vez mais rápido, até causar um acidente. A lenda se espalhou pelo país e ganhou diversas versões. Era comum os pais alertarem seus filhos sobre qualquer carro preto que oferecia doces ou oferecessem carona. Muitos acreditavam que seriam sequestradores, traficantes, ou mesmo ladrões de órgãos (Provavelmente mesclou-se com a lenda da Kombi).


14. Procissão das almas

2/15 | Lendas brasileiras
lendas urbanas, folclore, mosntros, fantasmas, assombrações, histórias, contos, medo, terror
Esta lenda conta sobre uma velha, que vivia sozinha na sua casa, e por não ter muito que fazer, nem com quem conversar, passava a maior parte do dia olhando a rua através da sua janela, coisa muito comum no interior. Até que numa tarde quando estava quase anoitecendo, ela viu passar uma procissão, todos estavam vestidos com roupas largas e brancas (como fantasmas) com velas nas mãos e ela não conseguia identificar ninguém, logo estranhou, pois sabia que não haveria procissão naquele dia, pois ela sempre ia à igreja, e mesmo assim quando havia alguma procissão, era comum a igreja tocar os sinos no inicio, mas nada disso foi feito. E a procissão foi passando, até que uma das pessoas que estava participando, parou na janela da velha e lhe entregou uma vela, disse à velha que guardasse aquela vela e que no outro dia ela voltaria para pegá-la .Com a procissão chegando ao fim, a velha resolveu dormir, e apagou a vela e guardou-a. No outro dia, quando acordou, a velha foi ver se a vela estava no local onde ela guardou, porém para sua surpresa no local em que deveria estar a vela estava um osso de uma pessoa já adulta e de uma criança.


13. Arranca-línguas

3/15 | Lendas brasileiras
lendas urbanas, folclore, mosntros, fantasmas, assombrações, histórias, contos, medo, terror
De acordo com as pessoas que já o viram, o Arranca Línguas seria como um grande Gorila, porém muito maior do que um Gorila ou um homem. Segundo contam, um dos seus principais alimentos é a língua, que pode ser tanto de animais como, bois, cavalos, cabras ou mesmo de gente. Costuma atacar suas vítimas à noite, matando-as e retirando-lhes a língua para comer, é por isso que recebe o nome de Arranca Línguas. Esta Lenda é muito comum no estado de Goiás e na região do Rio Araguaia.


12. Bicho Homem

4/15 | Lendas brasileiras
lendas urbanas, folclore, mosntros, fantasmas, assombrações, histórias, contos, medo, terror
Diz a lenda que o bicho-homem está presente em várias regiões do Brasil, onde a sua figura, com pequenas variações, é descrita como sendo a de uma criatura alta, quase um gigante, com um olho só no meio da testa, com também um só pé redondo e enorme (é tipo um primo casca-grossa do saci), que quando caminha, vai deixando pelo chão pegadas redondas. Os dedos de suas mãos são compridos e disformes, as unhas longas e afiadas, e os gritos que costuma emitir, assombram os moradores da região onde habitualmente ele se oculta. Quem já o viu, diz que ele é muito grande, forte, e extremamente feroz.




11. A Dama da meia-noite

5/15 | Lendas brasileiras
lendas urbanas, folclore, mosntros, fantasmas, assombrações, histórias, contos, medo, terror
A Dama da Meia Noite, conhecida também como a Dama de Vermelho, ou Dama de Branco, é um mito universal. Ocorre nas Américas e em toda Europa.
Diz a lenda que uma mulher jovem que não sabe que morreu, vive andando pelas ruas da cidade. A tal mulher anda sempre com um vestido vermelho ou branco, para encantar os homens solitários que bebem em algum bar. É uma alma penada com corpo jovem e sedutor que se aproxima dos homens solitários deixando-os encantados.
Ela não aparece à meia-noite, e sim, desaparece à meia noite. Linda como é, parece uma jovem normal. Gosta de se aproximar de homens solitários nas mesas de bar. Senta com ele, e logo o convida para que a leve para casa. A moça rapidamente pede para que o homem a leve de volta para casa e ele enfeitiçado pela beleza da moça, aceita prontamente. Ao se depararem com um muro alto, ela desce e o convida para entrar.
Outras vezes, ela surge nas estradas desertas, pedindo carona. Então pede ao motorista que a acompanhe até sua casa. E, mais uma vez a pessoa só percebe que está diante do cemitério, quando ela com sua voz suave e encantadora diz: "É aqui que eu moro, não quer entrar comigo?". Quando o homem solitário percebe que se trata de um cemitério, a moça desaparece e o sino da igreja toca avisando que é meia noite.


10. Quibungo

6/15 | Lendas brasileiras
lendas urbanas, folclore, mosntros, fantasmas, assombrações, histórias, contos, medo, terror
Segundo a lenda, o Quibungo é uma espécie de Bicho-Papão negro, um visitante africano inesperado que acabou por se domiciliar na Bahia, onde passou a fazer parte do folclore local. Trata-se de uma variação do Tutu e da Cuca, cuja principal função era disciplinar, pelo medo, as crianças rebeldes e relutantes em dormir cedo.
O Quibungo faz parte dos contos romanceados, sempre com um episódio trágico ou feliz, mas sem data que o localize no tempo. É um Velho do Saco para os meninos, um temível devorador de crianças, especialmente as desobedientes. Sem dúvida um meio eficaz de cobrar disciplina pela imposição do medo.
Não há nenhum testemunho ocular de sua existência, mas, em meio ao universo infantil, existe como concreto. Dentro dessas histórias tradicionais, contadas para as crianças inquietas ou teimosas, ele se arrasta como um fantasma faminto, como um feroz devorador de meninos e meninas que distanciam dos seus pais.
É personagem da literatura oral afro-brasileira, com cruel voracidade, enorme feiúra, brutalidade e inexistente finalidade moral.
O Quibungo é ao mesmo tempo homem e animal. Espécie de lobo ou velho negro maltrapilho e faminto sujo e esfarrapado, com uma grande boca nas costas, a qual usa para sumir com objetos e devorar crianças.


Relacionado: 13 Lendas brasileiras

09. Matinta Perêra

7/15 | Lendas brasileiras
lendas urbanas, folclore, mosntros, fantasmas, assombrações, histórias, contos, medo, terror
Diz a lenda, que à noite, um assobio agudo perturba o sono das pessoas e assusta as crianças, ocasião em que o dono da casa deve prometer tabaco ou fumo. Ao ouvir durante a noite, nas imediações da casa, um estridente assobio, o morador diz: - Matinta, pode passar amanhã aqui para pegar seu tabaco. No dia seguinte uma velha aparece na residência onde a promessa foi feita, a fim de apanhar o fumo. A velha é uma pessoa do lugar que carregaria a maldição de "virar" Matinta Perêra, ou seja, à noite transformar-se neste ser indescritível que assombra as pessoas. A Matinta Perêra pode ser de dois tipos: com asa e sem asa. A que tem asa pode transformar-se em pássaro e voar nas cercanias do lugar onde mora. A que não tem, anda sempre com um pássaro, considerado agourento, e identificado como sendo "rasga-mortalha". Dizem que a Matinta, quando está para morrer, pergunta:" Quem quer? Quem quer?" Se alguém responder "eu quero", pensando em se tratar de alguma herança de dinheiro ou jóias, recebe na verdade a sina de "virar" Matinta Perêra.


08. Alamoa

8/15 | Lendas brasileiras
lendas urbanas, folclore, mosntros, fantasmas, assombrações, histórias, contos, medo, terror
Conta a lenda que a Alamoa, ou dama branca, é a aparição de uma mulher branca, muito bonita, loura e que anda nua, que aparece dançando na praia iluminada pelos relâmpagos de tempestade próxima. Dizem que ela atrai os pescadores ou caminhantes que voltam tarde e depois se transforma em um esqueleto, endoidecendo o apaixonado que a seguiu. Aparece também como uma luz ofuscante, multicor, a perseguir quem foge dela. Sua residência é o Pico, elevação rochosa de 321 metros na ilha de Fernando de Noronha.


07. Mapinguari

9/15 | Lendas brasileiras
lendas urbanas, folclore, mosntros, fantasmas, assombrações, histórias, contos, medo, terror
O Mapinguari é uma lenda derivada de algumas lendas dos índios da região Amazônica. Os caboclos contam que dentro da floresta vive o Mapinguari, um gigante peludo com um olho na testa e a boca no umbigo. Para uns, ele é realmente coberto de pelos, porém usa uma armadura feita do casco da tartaruga, para outros, a sua pele é igual ao couro de jacaré. Segundo esta lenda, alguns índios ao atingirem uma idade mais avançada evoluiriam e transformariam-se em Mapinguari e passariam a habitar o interior das florestas passando a viver apenas no seu interior e sozinhos. Há também quem diga que seus pés têm o formato de uma mão de pilão.
Segundo o que contam, o Mapinguari emite gritos semelhantes ao grito dado pelos caçadores. Se alguém responder, ele logo vai ao encontro do desavisado, que acaba perdendo a vida. A criatura é selvagem e não teme nenhum caçador, porque é capaz de dilatar o aço quando sopra no cano da espingarda. Os ribeirinhos amazônicos contam muitas histórias de grandes combates entre o Mapinguari e valentes caçadores. O Mapinguari sempre leva vantagem e os caçadores que conseguem sobreviver, muitas vezes ficam aleijados ou com terríveis marcas no corpo para o resto de suas vidas. Há quem diga que o Mapinguari só anda pelas florestas de dia, guardando a noite para dormir. Quando anda pela mata, vai gritando, quebrando galhos e derrubando árvores, deixando um rastro de destruição. Outros contam que ele só aparece nos dias santos ou feriados. Dizem que ele só foge quando vê um bicho-preguiça.


06. O Padre sem cabeça

10/15 | Lendas brasileiras
lendas urbanas, folclore, mosntros, fantasmas, assombrações, histórias, contos, medo, terror
O padre sem cabeça, não trata-se de um fantasma, mas de vários, os quais se têm relatos em diversos locais do nosso país. Em certos locais, há alguma lenda sobre a sua origem, em outros, ele costuma aparecer inclusive dentro da residência das pessoas sem uma razão aparente.
Há uma lenda relacionada à Rua Gruta do Vigário em Escada - PE. O nome Gruta do Vigário deve-se a um padre que era apaixonado por uma mulher casada, e nas “caladas” da noite se encontravam. Toda a população sabia, menos o marido. Até que ele descobriu e matou o padre. A partir daí o padre aparecia sempre debaixo de uma árvore logo que a noite chegava. O padre sem cabeça usava batina preta e caminhava lentamente, durante a madrugada. Na época, boa parte da população deixou de caminhar à noite pela gruta, a qual tornou-se famosa pelas suas histórias e contos do além.
Outros casos ocorreram na escola Azarias Salgado, em Angelim - PE. As pessoas acreditam ser o fantasma do Cônego Carlos Fraga. Um jovem, ao passar em frente à escola, por volta da meia-noite, sentiu um calafrio e resolveu olhar para trás, avistando a figura fantasmagórica. Ao vê-lo o rapaz começou a correr e então foi perseguido até a rua em que coincidência ou não, leva o nome de Cônego Carlos Fraga. Outro avistamento na mesma cidade ocorreu 5 anos depois, uma menina estava no banheiro quando olhou para cima, e pela abertura da laje avistou a figura sinistra o que a fez desmaiar de susto.

O último relato aconteceu no ano de 2008, quando na noite de São João à cerca da meia-noite, três adolescentes (um garoto e duas garotas), estavam tirando fotos em vários lugares da cidade, quando chegaram em casa que puseram as fotos no computador, e aproximaram a foto que tiraram em frente à Escola Azarias Salgado, ficaram assustados com a estranha figura que apareceu no corredor da escola.
Além desses, há relatos aleatórios sobre padres sem cabeça, como sua aparição no espelho do banheiro, e houve relatos inclusive em que ele apareceu no quarto da testemunha, aparentemente urinando em um canto (?!). Agora imagina o trauma da pessoa que acorda com o padre sem cabeça mijando em seu quarto.


05. Carbúnculo

11/15 | Lendas brasileiras
lendas urbanas, folclore, mosntros, fantasmas, assombrações, histórias, contos, medo, terror
Ele é um lagarto mágico que, reza a lenda, vive no Rio Grande do Sul e possui um diamante na cabeça. O carbúnculo tem o poder de dar riqueza infinita a quem o possui e, à noite, transforma-se em uma bela mulher. Contam que até hoje ele vive com seu único dono, um ex-sacristão, nos morros que ficam na divisa do Brasil com o Uruguai. (bom, provavelmente virou ex depois que descobriu que o lagarto se transformava na bela mulher, hehe).


Relacionado: 14 Lendas do interior do Brasil

04. Capelobo

12/15 | Lendas brasileiras
lendas urbanas, folclore, mosntros, fantasmas, assombrações, histórias, contos, medo, terror
Esta Lenda é muito comum na Região dos Rios do Pará e também no Maranhão. O nome Capelobo é a união de um nome de significado provavelmente indígena, onde Cape (osso quebrado, torto ou aleijado) + lobo. O Capelobo pode aparecer com duas formas distintas: Forma de animal onde parece com uma anta, porém com características mais distintas, é maior que uma anta comum, é mais rápido, apresenta um focinho mais parecido com o de um cão ou porco, e longos cabelos e forma humana: Aparece com o corpo metade homem , com focinho de tamanduá, e corpo arredondado.
Ele costuma sair à noite, rondando as casas e acampamentos que ficam dentro das florestas, costuma apanhar cães e gatos recém nascidos, mas quando captura um animal maior ou um homem, ele quebra o crânio e come o cérebro ou bebe o seu sangue. Só é morto com um ferimento no umbigo. Dizem que ele origina-se de um índio ou índia velho(a), que misteriosamente começam a crescer os dentes e as unhas (mesmo esquema do Mapinguari).


03. Mão Cabeluda

13/15 | Lendas brasileiras
lendas urbanas, folclore, mosntros, fantasmas, assombrações, histórias, contos, medo, terror
Diz o povo de Chaval, que moram próximo ao Açude Novo, que dentro do açude tem uma assombração, denominada Mão Cabeluda. Dizem que esta Mão Cabeluda, toma forma de diversas assombrações como: Cobra; mulher gritando em volta do açude e em uma grande mão que tenta agarrar os banhistas, principalmente os noturnos. Algumas senhoras contam que quando lavavam roupas, sentiram uma mão forte agarrando-as pelas pernas, pediram socorro e só foram socorridas, quando invocaram Nossa Senhora de Lourdes e Jesus Cristo. Outras pessoas mais antigas falam que esta mão começou a aparecer, depois que morreu um senhor afogado no açude. O mesmo senhor gostava de tomar banho altas horas da noite. Seria esse o primo tupiniquim das Mãos peludas de Dartmoor?


02. Pai do mato

14/15 | Lendas brasileiras
lendas urbanas, folclore, mosntros, fantasmas, assombrações, histórias, contos, medo, terror
Esta Lenda é muito comum na Região Centro Oeste do Brasil, principalmente na região de Goiás. De acordo com a lenda, o Pai do mato habita as matas defendendo os bichos contra as pessoas, segundo contam as poucas pessoas que alegaram terem visto ele, pois ele raramente aparece, e ele têm as seguintes características: Aparentemente tem a altura de um homem, possui o corpo coberto de pelos e as mão semelhantes a dos macacos, no rosto dele há uma barbicha bem vistosa, na cor negra, e ele têm o nariz azulado.
O Pai do mato costuma andar com grupos de caititus (porco-do-mato), onde utiliza o maior animal como montaria. Contam que o seu umbigo é o ponto fraco.


01. Diabinho da garrrafa

15/15 | Lendas brasileiras
lendas urbanas, folclore, mosntros, fantasmas, assombrações, histórias, contos, medo, terror
O Diabinho da Garrafa também é conhecido como Famaliá (uma versão distorcida de "Familiar" os espíritos companheiros das bruxas, creio eu), Cramulhão, Capeta da Garrafa, entre outros nomes. Este ser é fruto de um pacto que as pessoas afirmam que se pode fazer com o diabo, este pacto consiste na maioria das vezes em uma troca: a pessoa pede riqueza em troca da sua alma ao diabo. Depois de feito o pacto, a pessoa tem que conseguir um ovo que dele nascerá um diabinho de aproximadamente 15 cm à 20 cm, mas não se trata de um simples ovo de galinha, e sim um ovo especial, fecundado pelo próprio diabo.
O Diabinho da Garrafa tem as seguintes características: Nasce de um ovo (em algumas Regiões do Brasil acredita-se que ele pode nascer de uma galinha fecundada pelo diabo), em outras Regiões acreditam que ele nasce de um ovo colocado não por galinha e sim por um galo, este ovo seria do tamanho de um ovo de codorna; para conseguir tal ovo, a pessoa deve procurá-lo durante o período da quaresma, e na primeira sexta feira após conseguir o ovo, a pessoa vai até uma encruzilhada, à meia-noite, com o ovo debaixo do braço esquerdo, após passar o horário, retorna para casa e deita-se na cama. No fim de 40 dias aproximadamente, o ovo é chocado e nascerá o diabinho; de posse do diabinho, a pessoa coloca-o logo na garrafa e fecha. Com o passar dos anos o diabinho enriquece o seu dono, e no final da vida leva a pessoa para o inferno.



Itramaral