10 dos feiticeiros mais fascinantes da história

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Ao longo da história, homens têm alegado possuírem poderes sobrenaturais, proferindo bênçãos e maldições à qualquer um que pagasse por isso ou que entrasse em seus caminhos. Fazendo uso de poções, recitando palavras mágicas, invocando os mortos ou usando antigos conhecimentos arcanos... O mundo sempre terá seus feiticeiros. Confira 10 exemplos.




10.

Abe no Seimei

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Abe no Seimei foi o Merlin japonês. No entanto, ao contrário do feiticeiro europeu, a existência histórica de Seimei não é contestada. Ele serviu a seis imperadores diferentes como um omyodo, um mestre yin-yang. O feiticeiro da corte supervisionou assuntos de adivinhação e proteção do imperador japonês com rituais para banir os maus espíritos e doenças. Lendas e contos populares atribuem-lhe todos os tipos de poderes sobrenaturais.

A famosa peça Kuzunoha do teatro Kabuki, diz que ele herdou o poder mágico de sua mãe, uma raposa branca. Ele foi dito possuir uma segunda visão, que ele usava para identificar demônios. Conta-se que quando o samurai Watanabe no Tsuna cortou o braço de um demônio, ele levou o item amaldiçoado para Seimei para selá-lo com um feitiço. O demônio depois tentou recuperar o seu membro amputado, mas foi incapaz de quebrar a magia de Seimei. A lenda diz que Seimei conheceu hostes de outros demônios em combates mágicos, derrotando cada um deles com o seu vasto repertório de magias.

A lenda também diz que ele foi morto por um rival. Em outra peça, o rival Ashiya Doman secretamente copiou de um texto de Seimei e o vinha estudando sob a tutela de um mestre feiticeiro chinês. Com seu conhecimento roubado em mãos, Doman desafiou Seimei a uma batalha de feitiçaria e conseguiu matá-lo. Mais tarde, porém, o mestre chinês de Seimei chegou ao Japão e ressuscitou seu aluno com um ritual, permitindo que o Seimei renascido derrotasse o feiticeiro rival e recuperasse seu livro.



09.

O feiticeiro de Trois-Freres

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O Feiticeiro de Trois-Frères, França, é uma das primeiras representações de feitiçaria na história humana. A figura preside uma série de pinturas rupestres paleolíticas. A imagem situa-se acima das outras pinturas rupestres em uma área acessível apenas por um corredor ascendente espiral.

Ele é uma mistura de homem e animal, com membros humanos, um pênis ereto, e um corpo animal com chifres. Embora haja um debate acadêmico acerca de sua identidade, o feiticeiro é acreditado como sendo um xamã ou um deus que dominava as pessoas que habitam sua área.

Talvez ainda mais interessante do que o próprio feiticeiro, são aqueles que o pintou. A caverna é teorizada como sendo um lugar de encontro, onde foram realizados os rituais para garantir uma grande recompensa durante caçadas. O feiticeiro, se ele era de fato um deus, teria sido um deus da feitiçaria, presidindo uma convenção de bruxos pré-históricos. Se o feiticeiro representou um homem real, no entanto, poderia ser comparado a um Merlin pré-histórico.



08.

The Black Constable

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Charleston, Carolina do Sul — EUA, tem uma longa história com o vodu, e seu mais mortal feiticeiro vodu era chamado John Domingo. Ele era um homem de aparência peculiar — forte, despenteado, e muitas vezes vestido com um velho casaco do exército da União. Ele usava um anel de prata em forma de uma serpente que ele alegava que poderia ressuscitar os mortos. Esse suposto necromante usava seus poderes de invocar os mortos para impor sua própria lei, o que lhe valeu o apelido de "The Black Constable" (em inglês, algo como "O Policial Negro", constable significa policial ou homem da lei que atua em cidades pequenas ou vilarejos).

Dizia-se que os marinheiros iam comprar vento dele para garantir uma viagem segura. Ele também poderia enviar tempestades em seus caminhos, caso sentisse ofendido. No auge de seu poder, dizia-se que os cidadãos da cidade iam procurá-lo para resolver os seus problemas legais, mesmo antes de irem para a polícia. Apesar de sua influência inigualável, a lenda diz que ele conheceu um fim súbito e misterioso.

Ele tinha acabado de prender dois assaltantes suspeitos. Arrastando-os pela rua, um em cada mão, ele se comparou a Jesus "com um ladrão de cada lado". E ainda adicionou "Exceto que eu sou mais poderoso que Jesus". De acordo com a história, nesse momento, mãos invisíveis saíram do chão e seguraram seus pés, sugando a vida dele.
Ele foi jogado para trás, caindo no chão, atingindo imediatamente uma idade avançada e ficando seco como um pepino velho. Seu corpo continuou a definhar rapidamente até ficar completamente seco. Lendas dizem que o fantasma dele ainda pode ser visto andando pelas ruas, e também assombrava sua antiga casa até que ela foi demolida.



07.

Rabino Judá Loew ben Betzalel

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O Rabino Judah Loew ben Betzalel era um estudioso e místico conhecido como o Maharal de Praga. A figura respeitada, segundo a lenda, foi muitas vezes procurada pelo imperador do Sacro Império Romano, pelos conhecimentos religiosos e seculares. Apesar de sua relação com o imperador não ser tão próxima como as lendas dizem, os dois estavam em bons termos. O Imperador Rudolph II possuía um sino que o rabino havia criado através de métodos cabalísticos.

Rabino Loew era conhecido por suas grandes contribuições para a filosofia judaica, mas a lenda diz que ele também usou seu conhecimento da Cabala para criar um golem.

Foi dito que a comunidade judaica de Praga estava sendo acusada de profanação do sangue - sequestrando crianças cristãs e usando seu sangue em rituais religiosos. De acordo com relatos, dos quais existem várias versões, o rabino Loew criou um golem chamado Josef para proteger sua comunidade da perseguição. Josef patrulhava a rua, tornando-se invisível e até mesmo evocava os mortos para proteger a comunidade judaica de Praga.

Dizia-se que o golem eventualmente começou a dar problemas e se enfureceu, matando pessoas pelas ruas. O rabino desativou-o, alterando a palavra escrita em sua testa. A palavra que tinha dado a vida era "Anmauth", a palavra hebraica para "verdade". O rabino Loew mudou-a para "Mauth", que significa "morte".

Após isso, golem foi colocado para descansar no sótão da Velha Nova Sinagoga. Se você quer conhecer mais sobre a história do golem de praga, clique aqui.



06.

São Cipriano

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Diz a lenda que São Cipriano era um mago de Antioquia, que possuía aliança com o diabo. A pedido de um jovem apaixonado, ele conjurou um demônio para despertar a donzela Justina, de modo que o jovem pudesse seduzi-la. Justina reconheceu o ataque à sua santidade e derrotou o demônio, fazendo o sinal da cruz.

Com sua magia frustrada, Cipriano convocou o próprio diabo para seduzir a moça, mas ele foi derrotado da mesma maneira. Desgostoso que Satanás poderia ser batido por uma mera donzela, Cipriano desistiu da magia a e se converteu ao cristianismo. Com o tempo, ele se tornou o bispo de Antioquia e foi martirizado por sua fé.

O par de Cipriano e Justina foram declarados santos e receberam seu próprio dia de festa no calendário católico. Os registros históricos não mostram nenhum bispo de Antioquia chamado Cipriano, no entanto, e os estudiosos religiosos modernos acreditam agora que a sua existência seja suspeita.

Em 1969, seu dia de festa foi retirado do calendário da Igreja Católica Romana. Alguns tradicionalistas, incluindo um mosteiro dedicado à eles, ainda celebra a data.



05.

O mago de Marblehead

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Um residente de Little Harbor, Marblehead, em Massachusetts, Edward "John" Dimond, era temido como um feiticeiro alternadamente benevolente e malévolo ao mesmo tempo. Ele nasceu por volta da época dos julgamentos das bruxas de Salem, e seu comportamento excêntrico provavelmente foi tolerado devido ao estigma contra as acusações de feitiçaria pós-histeria.

Era dito que Dimond entrava em transe. Seus olhos viravam ao contrário e após isso, ele voltava a si sentindo-se revigorado e com o conhecimento do futuro e eventos distantes. O povo da cidade e até mesmo a polícia local o procurava para localizar itens roubados na ocasião, uma prática em que ele aparentemente obtinha grande sucesso. É teorizado, porém, que ele poderia ter facilmente localizados os itens através de raciocínio dedutivo.

Lendas obscuras contam ainda que ele era um necromante que desenterrava túmulos para suas artes diabólicas. De acordo com relatos, Dimond ia para o cemitério local durante as tempestades e sussurrava no vento, saudando os navios distantes no mar. Quando em um estado de espírito benevolente, sua voz podia ser ouvida pelos capitães, trovejando acima tempestades, dizendo-lhes o caminho certo. Outras vezes, quando um capitão entrava em conflito com Dimond, ele iria amaldiçoá-los e enviar tempestades para virar seus navios.



04.

John de Nottingham

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Em 1324, os cidadãos de Coventry, Inglaterra, estavam sofrendo sob o domínio opressivo do prior (guia, o chefe de um grupo ou o superior de uma ordem religiosa ou militar, geralmente designada "Priorado".) local, e dois camareiros do rei Eduardo II, pai e filho, ambos chamados Hugh Despenser. Como vingança, os cidadãos contrataram um feiticeiro local para matar o prior, seus cúmplices, e o rei a quem serviam.

Segundo a história, o mago John de Nottingham e seu assistente, Robert Marshall, levaram cera e moldura para uma casa em ruínas. Lá, eles fizeram imagens dos homens que deveriam matar, incluindo um extra de um homem chamado Richard Lowe para testar o poder da magia. Eles teceram feitiços por sete dias e, finalmente, colocaram um ramo de chumbo na testa da imagem representando Lowe.

Na manhã seguinte, foi dito que Lowe foi encontrado gritando e com total amnésia. Ele permaneceu na condição até que o assistente removeu o ramo. Nottingham então inseriu o ramo no coração da imagem. Lowe logo morreu.

O ocorrido foi levado ao conhecimento das autoridades locais por Marshall, que estava chateado com a mísera comissão que seu mestre lhe pagou. João de Nottingham foi levado a julgamento por suspeita de bruxaria. Depois de vários adiamentos, no entanto, eles decidiram que o conto de Marshall não tinha credibilidade suficiente para a condenação, e John foi absolvido.



03.

Michael Scot

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Michael Scot foi um dos intelectuais europeus mais influentes do século 13. Infelizmente para ele, a história não se lembra dele como um estudioso, mas como um feiticeiro.

Scot tinha um fascínio pelo ocultismo e tratava o tema com muito mais entusiasmo do que sujeitos mais ortodoxos. Ele estudou em Toledo, uma cidade espanhola então sob ocupação dos mouros, e traduziu muitos textos em latim. No tempo de Scot, qualquer europeu com a aprendizagem no Oriente Médio teria sido respeitado e até temido. Mas Scot também aproveitou para se vestir com trajes árabes, alimentando a crença de que ele era realmente um feiticeiro.

Seu conhecimento oculto garantiu à ele o posto de astrólogo pessoal ao imperador do Sacro Império Romano. Ele também foi tutor do papa, embora ele provavelmente confinasse as lições aos assuntos mais tradicionais.

Durante seu mandato como astrólogo do imperador, ele ganhou fama por prever com sucesso o resultado de uma guerra com a Liga Lombarda. Ele também usou seu conhecimento médico para curar o imperador de doenças. Após sua morte, outros feitos foram atribuídas a ele, como a alteração do curso do rio Tweed, criar uma corda a partir da areia e até mesmo cortar as colinas Eildon da Escócia em três cones separados. Sua reputação lhe rendeu uma participação especial no Inferno de Dante, onde ele é punido eternamente na área do inferno reservado para bruxos.



02.

Roger Bolingbroke

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Bolingbroke foi um padre do século 15 ligado ao duque de Gloucester. Ele foi acusado de estar envolvido em um complô para matar o rei com magia negra.

Ele tinha um interesse pela astronomia e foi acusado de ter usado a arte de adivinhar para ver se a esposa do Duque viria a ser a rainha da Inglaterra. O próprio rei, Henrique VI, não teve herdeiros. Se ele tivesse morrido, o trono teria sido passado para o Duque, tornando a Duquesa rainha.

Sob tortura, Bolingbroke confessou ter conspirado para matar o rei com magia, usando uma imagem de cera. Ele acusou a duquesa como cúmplice. Ela fugiu para não ser julgada por um tribunal religioso, provavelmente salvando sua vida, mas, no entanto, foi considerada culpada por um tribunal secular e sentenciada à vida na prisão. Uma bruxa implicada na trama, Margery Jourdemayne, foi queimada na fogueira. Bolingbroke foi enforcado, arrastado e esquartejado.

Os historiadores agora acreditam que, como muitos homens de saber, Bolingbroke provavelmente se envolveu com a astrologia. O plano para matar Henrique VI, no entanto, foi provavelmente conjurado por inimigos políticos do Duque.

A família de Beaufort, opositores do popular Duque, temiam que ele subisse ao trono em caso de morte precoce de Henrique VI. O próprio Duque teria brincado com a astrologia, mas teria sido impossível acusar ele de uma trama envolvendo magia negra devido à sua imensa popularidade como um herói de guerra. A Duquesa, no entanto, foi bastante impopular. Ligações de sua família com Bolingbroke tornaram-na um alvo fácil. O enredo foi finalmente bem sucedido, desonrando o Duque o suficiente para que sua ascensão ao trono fosse impossível.



01.

Edward Kelly

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Edward Kelly foi o vidente pessoal de John Dee, um ocultista britânico famoso do século 16. Ele juntou-se a serviço de Dee logo após seu ex-vidente, Barnabas Saul, retirar-se do cargo. Kelly usava um espelho de obsidiana que ele dizia receber mensagens dos anjos. Dee acreditava que a vidência de Kelly revelou fantásticos conhecimentos sobrenaturais, incluindo a antiga língua usada por Deus e os anjos, que é hoje conhecida como "Enoquiano".

O relacionamento de Dee e Kelly foi longo, mas conturbado. "Kelly" foi, aparentemente, apenas um de seus nomes. Acredita-se que tenha estudado em Oxford sob o nome de Edward "Talbot" e mais tarde teve suas orelhas cortadas, como punição por falsificação.

A esposa de Dee teve uma tremenda antipatia por ele. Seus sentimentos são compreensíveis, uma vez que em um ponto, as "mensagens angelicais" recebidas por ele, disseram a Dee e Kelly para compartilharem todas as coisas, incluindo as esposas. Embora os registros não sejam claros, acredita-se que o pacto poderia ter sido realmente consumado, embora o relacionamento de Dee e Kelly tenha se dissolvido pouco depois.

Após a separação de Dee, Kelly recebeu o patrocínio do tribunal do imperador romano Rudolph II (esse cara gosta mesmo de ocultismo!). Durante esse tempo, ele escreveu vários textos alquímicos. Sua alquimia teve pouco sucesso, no entanto, o que lhe valeu pouco mais de um tempo na prisão quando ele falhou em revelar seus supostos segredos ao seu patrono.



Fonte(s)   listverse