Operação prato

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Ano de 1977, vários estados da região Norte e Nordeste, principalmente Amazonas e Pará, na região Norte e Maranhão e Piauí, na região Nordeste, foram palco de estranhos eventos que provocaram medo na população local. Várias pessoas, em sua maioria mulheres, foram atacadas por fachos de luz provenientes de estranhos objetos luminosos que sobrevoavam a região durante a noite. O pânico tomou conta da população local, e a Força Aérea Brasileira foi chamada para investigar o fenômeno. Essa veio a se chamar Operação Prato.

(Prato: termo militar usado para designar um objeto voador não identificado, em alusão ao comum formato discóide desses objetos).

O "Chupa-chupa"

De acordo com relatos, o fenômeno ocorria à noite -- podendo haver aparições de criaturas semelhantes aos seres humanos de estatura média. Os OVNIs tinham formato esférico, aparência cilíndrica e mais raramente forma de peixe. A maioria das pessoas que observavam fatos ligados à evidência de extraterrestres eram atingidos por feixes de luz supostamente disparados pelos OVNIs. A "luz vampira" tinha ação paralisante e deixava consequências douradoras: vertigem, dores no corpo, tremores, falta de ânimo, sonolência, fraqueza, rouquidão, queda de pelos, descamação da pele lesada (queimaduras de 15 cm de primeiro grau no tórax) e dores de cabeça.
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A doutora Wellaide Cecim Carvalho percebeu que as pessoas atingidas pelo chupa perdiam hemácias, o que seria a causa dos sintomas. “E quando observei que perdiam sangue, isso foi em função de uma pesquisa que eu fiz para saber porque as pessoas eram acometidas de extrema astenia, apatia e até inapetência, porque não podiam andar. Fiz inúmeros relatórios para o então secretário de Saúde na época, o Dr. Manoel Ayres” disse a doutora Wellaide.

A doutora Wellaide – na época era diretora da Unidade Sanitária de Colares, local que foi considerado o epicentro dos acontecimentos – fez vários relatórios para Secretaria Executiva de Saúde por causa da grande quantidade de casos, mas foi proibida pelos órgãos de governo de admitir que houvesse algo estranho, e que tentasse "convencer as pessoas atingidas pelas luzes conhecidas por chupa-chupa de que elas estavam sendo vítimas de uma alucinação coletiva e que aquilo que elas viram nunca existiu", afirmou Wellaide em uma entrevista.


As Descrições

Segundo a descrição contida em dezenas de depoimentos colhidos por diversos pesquisadores junto à população onde ocorreram tais incidentes, o Chupa, se tratava de uma luz de pequenas dimensões, que “voava” a poucos metros acima do solo. Alguns populares acreditavam se tratar de um tipo de animal; outros, que fosse alma penada; outros que fosse uma máquina... De fato, não havia e nem há, até o momento, nenhuma explicação "cientificamente plausível" para o Chupa. O ataque dessa “luz inteligente” consistia em arremessar sobre as vítimas, um filamento luminoso, geralmente de cor azulada, pelo o qual ela “picava” a pele da pessoa, deixando três pequenos furos. Supõe-se que por seu “canudo luminoso”, o Chupa sugasse amostras do sangue das vítimas – sendo que, cerca de 80% das ocorrências se davam em mulheres, geralmente jovens.
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O local da pele lesado pelo contato da luz era tratado clinicamente como se trata uma queimadura, porém não consistia em uma queimadura comum. Sobre isso, afirmou a médica Wellaide em sua entrevista: “Quem teve contato com as primeiras pessoas ‘agredidas’ pelo fenômeno chupa-chupa fui eu. Apesar de na época ter 22 anos de idade e de ser extremamente cética, comecei a perceber alterações inexplicáveis para a Medicina. As queimaduras na pele das vítimas eram geralmente no pescoço e no hemitórax, acompanhadas de dois pequenos furos paralelos, como se fossem mordidinhas, mas que na realidade não eram”. Segundo a médica, “qualquer pessoa, e não precisa ser médico para saber que uma queimadura só apresenta necrose da pele após 96 horas. Só que as queimaduras das vítimas das luzes apresentavam necrose da pele imediata, cinco minutos após o acontecido”. Seu superior imediato era o médico Dr. Luiz Flávio Figueiredo de Lima que segundo a médica, proibiu-lhe de comentar ou tornar públicas as ocorrências envolvendo os casos por ela tratados.

A Drª Wellaide afirmou que após 60 dias de ocorrências diárias (naquele período, envolvendo acima de 120 casos/dia), ela começou a produzir relatórios para a coordenação da Secretaria Executiva de Saúde (Sespa). Porém, conforme informou ao periódico paraense, foi proibida pela SESPA de admitir que algo de estranho estivesse ocorrendo. Ordens de silêncio e acobertamento pairaram sobre a profissional da Saúde, que pessoalmente, diz ter chegado a presenciar, a pouca distância, alguns fenômenos bastante inusitados, relacionados à ação dos UFOs naquela região. Ao ser perguntada sobre a origem daquelas luzes, a médica respondeu, “eles (os seres que pilotavam os objetos luminosos) não poderiam ser russos, porque por mais avançada que fosse a tecnologia que os russos tivessem na época, ninguém seria capaz de produzir queimaduras num ser humano daquela forma”.


operação, prato, ufologia, chupa, chupa-chupa, ets, pará, 1977, amazônia, brazil, roswell, hollanda, ovnis, ufo Arredores de Belém, capital do Estado do Pará, Brasil, ano de 1977: diversos vilarejos e pequenos arraiais pesqueiros davam o alarme sobre os ataques desconhecidos recebidos pela população. Além dos ataques do Chupa, outros casos envolvendo passagens bizarras também eram narrados pela população. O medo era tanto que as pessoas se trancafiavam dentro de suas próprias casas logo ao cair da noite. Os casos de ataques por parte dos objetos luminosos eram fartos e corriam por diversas localidades. A Baía do Sol, situada na Ilha do Mosqueiro, era um local sistematicamente citado por pessoas que viram diversos objetos estranhos, de dimensões diversificadas, incluindo fartos casos envolvendo avistamentos de OSNIs (Objeto Subaquático Não Identificado), entrando ou saindo das águas naquelas imediações.

Surgiram diversos casos dando conta de que a situação se encontrava fora de controle: havia também, uma espécie de luz — narrada por diversas testemunhas — que tornava invisíveis tetos, paredes de casas, veículos e demais objetos sólidos. Assim, quem dirigia tal aparato poderia vislumbrar detalhes no interior das casas e até atacar as pessoas, causando-lhes geralmente queimaduras cutâneas. Outras fatalidades se somavam ao caos vivido pela população local: fantásticos casos surgiam, dando conta de que UFOs tentavam sugar pessoas através de um intenso tubo de luz; perseguiam caboclos em desabalada carreira pelas matas; seres e pessoas estranhas jamais avistadas anteriormente por aquelas paragens e tantas outras histórias engrossam o registro da casuística daquela região à época. E diversos desses casos foram relacionados por alguns pesquisadores brasileiros aos posteriores e fartos casos do fenômeno chamado de Chupacabras, que teria sido entendido como um predador desconhecido que atacou animais nas regiões Norte e Nordeste do Brasil (entre outras), além de supostamente ter agido em algumas regiões do México e de países da América Central.

Alguns pesquisadores – tanto os do Chupa, quanto os do Chupacabras – defendem que as vítimas – tanto animais, quanto humanas – poderiam ter sofrido organicamente, algum tipo de efeito eletromagnético (EM) ou da ação de microondas, supostamente emitidas através dos feixes de luzes desconhecidas utilizados nas manobras de ataques. Alguns pesquisadores apontam que, em determinados casos foram comprovadas alterações fisiológicas causadas por extensa exposição a uma fonte radioativa. Alguns defendem também a utilização de raios paralisantes.

Estranhos Fenômenos Luminosos

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Mas de fato, em 1977, algo realmente nocivo ao ser humano estava ocorrendo naquelas ermas localidades da região Norte do Brasil e, certamente, envolvia uma tecnologia completamente desconhecida e poderosa. As notícias dando conta de ataques a seres humanos saltaram do Pará até outros Estados do Brasil e diversos pesquisadores da Ufologia atentaram àquela fenomenologia. Até então, não havia registros alarmantes – salvo algumas localidades isoladas das regiões Norte/Nordeste – e declarados acerca de ataques por parte de UFOs e seus periféricos às pessoas. Com tantas histórias sendo registradas, era bem provável que extra-oficialmente, órgãos de inteligência do governo brasileiro na Ditadura Militar já estariam investigando, ou mesmo sabendo do que se tratavam aquelas anomalias reportadas pelos povos ribeirinhos. No entanto, nenhuma explicação fora dada às populações e, conforme colocou a médica Wellaide Cecim, parecia acontecer o contrário: as autoridades pediam silêncio dos profissionais que trabalhavam ou tinham envolvimentos com tais ocorrências.

Os fenômenos luminosos, além de se mostrarem evidentes nos afluentes do rio Tapajós, Estado do Pará, também foram registrados em diversos outros Estados do Brasil, tais como, Amazônia, Maranhão, Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará, Pernambuco, Piauí, Alagoas, entre outros. Alguns casos se estendiam até o sertão baiano e, esporadicamente, continuam a acorrer atualmente de forma mais comedida em todas estas regiões. Os estranhos casos de ataques a mamíferos e ovíparos também vieram à tona e, cronologicamente, teve seu ápice alguns anos mais tarde (a partir de meados dos anos 80 ao longo dos anos 90) registrando ocorrências em países sul-americanos, sobretudo, no Brasil.

Entre os pesquisadores que mais se dedicaram ao assunto, do Paraná o presidente da Sociedade Paranaense de Ufologia, o biomédico, ufólogo e filósofo Daniel Rebisso Giese, partiu para pesquisar os casos do Pará. Vindo mais tarde a fixar residência na capital Belém e a escrever o livro Vampiros e Extraterrestres na Amazônia. Diversos outros pesquisadores brasileiros também puderam pesquisar, (alguns mesmo à distância) as estranhas ocorrências do Norte. O assunto se alastrou para o exterior e o jornalista e pesquisador norte-americano Bob Pratt, que já havia estado no Brasil pesquisando UFOs desde 1975, investigou de forma minuciosa alguns dos inexplicáveis casos de ataque das luzes. Bob Pratt publicou mais tarde o livro Perigo Alienígena no Brasil - Perseguições, Terror e Morte no Nordeste (CBPDV - Biblioteca UFO), onde traz grande parte de suas pesquisas e inúmeros casos registrados junto à população local.

A Operação Prato

No ápice do desespero coletivo as autoridades políticas e eclesiásticas da região buscando atender aos pedidos populares pediram a FAB que investigasse aquelas ocorrências. O pedido oficial partiu do prefeito e do padre de Colares, respectivamente, Alfredo Ribeiro Bastos e o médico Alfredo de La Ó (que presenciou, por pelo menos uma vez, incrível manobra de um UFO). Eles solicitaram a presença da Aeronáutica para investigar as ocorrências citadas pelos populares, sobretudo, dado ao fato de envolverem objetos voadores na região. O comandante do I COMAR (Comando Aéreo Regional), brigadeiro Protásio Lopes de Oliveira criou então uma junta investigativa que deveria percorrer em missão secreta, alguns dos diversos locais por onde sabidamente, registraram-se ocorrências de ataques das luzes.
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O coronel Camilo Ferraz de Barros, chefe da Segunda Seção do I COMAR, nomeou como comandante da mesma, o então na época Capitão Uyrangê Bolívar Soares Nogueira de Hollanda Lima, experiente militar formado pela academia da FAB e que já havia enfrentado missões na selva, conhecendo sobremaneira toda aquela região. Hollanda, que era chefe do Serviço de Operações Especiais de Selva da FAB, por sua vez, recebeu uma pasta com alguns documentos acerca das ocorrências que deveria pesquisar de perto. Provavelmente, alguns destes documentos seriam dados obtidos através do Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados (SIOANI), uma espécie de relatório elaborado entre todos os comandos aéreos da FAB, com o intuito de reportar constatações de objetos voadores não identificados. Hollanda intitulou aquela manobra militar de Operação Prato, usando a palavra prato - conforme declarou alguns anos mais tarde -, numa clara alusão aos discos voadores – que geralmente têm formatos de pratos sobrepostos. Ao lado de mais cinco agentes militares do I COMAR, o coronel Hollanda durante mais de quatro meses realizou diversas pesquisas e registros naquela região.

Uyrangê tinha um irmão que residia em Colares e cedeu uma casa para ele e sua equipe se instalarem. Na equipe de Hollanda estava um experiente militar, o sargento João Flávio de Freitas Costa que desempenhava múltiplas funções, entre elas as de fotógrafo e desenhista. Flávio foi o responsável pela estratégia da operação, ficando sob suas responsabilidades todos os mapas da expedição. O sargento foi autor de todas as ilustrações da Operação Prato – sobretudo, algumas que incluem seres e naves.

Posteriormente, descobriu-se através de pesquisa que Flávio teria cursado – além da Escola Militar da FAB – a “Escola das Américas” (School of Arts - SOA), academia militarista norte-americana, famosa por empregar técnicas de torturas e pelas supostas ligações à CIA. Consta que em 1967, João Flávio de Freitas Costa – que falava inglês fluentemente - teria cursado Counterintelligence (Contra-inteligência) na SOA.

Sob o comando do Capitão Hollanda, a equipe investigou a área que fica no litoral próximo ao município de Vigia, munidos de câmeras fotográficas e filmadoras de 8 e de 16 mm. Seu principal objetivo era observar e registrar, de todas as formas possíveis, as estranhas e inexplicáveis manifestações relatadas pelos habitantes. O posto médico da cidade havia realizado atendimentos a diversas pessoas vítimas de queimaduras cujos responsáveis, segundo a população, eram estranhas luzes vindas do céu. O fenômeno chupa-chupa e a história estava criando certa histeria entre os moradores que, buscando uma controversa explicação religiosa, atribuía os ataques ao "diabo, que estaria na Terra para atacar os cristãos". Enquanto esteve na cidade, a equipe de Hollanda Lima conseguiu restabelecer a ordem e evitar o pânico, que levava muitos cidadãos a se organizarem para fazer vigílias e usar fogos de artifício na tentativa de afugentar as misteriosas luzes.

A Operação contou com o apoio de dois helicópteros da FAB, sendo um deles, pilotado pelo próprio coronel Camilo Ferraz de Barros, superior imediato de Hollanda. Além disso, a operação contou também com a contratação, por algumas oportunidades, dos serviços aéreos prestados pelo piloto da aviação civil Ubiratan Pinon Friás, que executou em seu avião particular, diversos vôos de reconhecimento por sobre alguns locais onde a Operação Prato montaria seus acampamentos para observações e vigílias.

A Operação Prato, executada de setembro a dezembro de 1977 pela Força Aérea Brasileira, culminou por registrar magníficas manobras de objetos voadores não identificados de variados modelos e dimensões. Além disso, foram produzidos diversos relatórios diários, mapas, reconstituições de casos em desenhos, muitas dezenas de entrevistas com vítimas dos ataques luminosos ou com testemunhas de avistamentos e contatos ufológicos.

A equipe de campo foi composta por seis homens, sendo que havia um monitoramento das operações, através do A2, departamento de inteligência do I COMAR, em Belém.

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Segundo declarou o coronel Hollanda em entrevista para a revista UFO em suas edições nºs 56 e 57, de 1997, a Operação Prato produziu um farto documentário composto por dezenas de filmagens em Super 8 e mais de 500 fotografias mostrando ações de objetos cientificamente inexplicáveis. Quase todo este material foi incorporado a um relatório contendo cerca de 250 páginas, o qual se encontra em poder da FAB e jamais foi divulgado oficialmente. Parte deste material foi enviada junto com o relatório da operação ao COMDABRA em Brasília e outra parte foi arquivada pelo I COMAR, segundo informou o coronel Hollanda, posteriormente.

Contudo, apesar do farto material que registra as ocorrências insólitas no Pará, nenhum veredicto final foi dado, por quem quer que seja, com o intuito de definir a conclusiva natureza destas questões. Nem mesmo a Operação Prato e seus idealizadores se pronunciaram oficialmente a respeito da origem de tais manifestações, que continuam, portanto, inexplicáveis. Não foi dada pelas autoridades militares - chamadas em socorro à população -, nenhuma explicação oficial aos queixosos e aos povos daquela região. O máximo que se fez foi, extra-oficialmente declararem os fenômenos como uma “coisa de outro mundo”, como se esta fosse a consumação final para fatos tidos como insólitos.

O próprio coronel Hollanda, 20 anos depois, emitiu seu parecer sobre os “causadores” daqueles fenômenos, “quem são, por exemplo, ninguém sabe. Talvez quem esteja mais avançado sejam os americanos, os russos. De onde vêm? Não há resposta. O que eles querem? Também não sabemos. São as três questões feitas e que ninguém pode responder – o que desmoraliza a Força Aérea e o Governo Brasileiro”, afirmou.

A maioria dos estudantes e pesquisadores da Operação Prato acredita piamente que os casos registrados se tratem da interatividade de inteligências alienígenas extraterrestres com a população (e possivelmente, com a riqueza natural) daquela região. A razão maior para se crer nesta hipótese, se dá ao fato de que, por se desconhecer tecnologia tão aguçada na face da Terra, tais manifestações só podem ser oriundas de outro mundo.

Em verdade, comparativamente, este deve ser o mesmo pensamento de qualquer tribo indígena da Terra, a qual vivesse completamente isolada da “civilização condicionada” e que, num certo dia, recebesse a visita de um simples helicóptero. Aqueles nativos pensariam, logicamente, que tal aparato e os seres que dele saíssem, proveriam de um outro mundo, pois aquilo não seria obra da natureza de seu mundo. Isto se daria naturalmente, como já se deu e foi comprovado de forma prática, por vezes, através das experiências de inúmeras tribos indígenas que um dia mantiveram contato com a sociedade civilizada. Ou seja, da forma mais natural possível, a ignorância e o desconhecimento fazem com que o homem venha a supor - segundo suas crenças -, em vez de concluir a verdade.

operação, prato, ufologia, chupa, chupa-chupa, ets, pará, 1977, amazônia, brazil, roswell, hollanda, ovnis, ufoPor outro lado, determinados pesquisadores defendem a possibilidade de que as manifestações do Norte se tratem de experiências armamentistas clandestinas, promovidas por grupos poderosos ou potentes nações terrestres ou mesmo ações de espionagem acerca dos ricos mananciais regionais, sejam hidrominerais, botânicos e até mesmo do reino animal e “hominal”. Desta forma, dentro da Teoria Terrestre (TT), os diversos objetos voadores que transitavam nos céus, ou pelos leitos dos rios e no Oceano Atlântico naquela região, poderiam se tratar - segundo tais pesquisadores vanguardistas -, de aeronaves terrestres secretas, equipadas com desconhecida tecnologia, não revelada publicamente. Para esta ala de pesquisadores, tais veículos teriam sido construídos com uma aerodinâmica perfeita para navegar seja sob as águas ou pelo espaço atmosférico terrestre. Estes veículos voadores trariam sistemas de propulsão fora do convencional, obtendo total controle sobre a gravidade planetária e daí surgiriam as incríveis manobras voadoras fartamente descritas.

Também dentro de uma visão mais “conspiracionista” e fora do tradicional, há quem diga que o Chupa seria de fato um potente armamento voador, inteligentemente guiado e que teria capacidade de colher amostras materiais de origem animal, mineral, vegetal ou outras, para posterior análise e/ou utilização. Contudo, até então, não há nada que de fato venha sustentar a veracidade de tais afirmações que, em verdade parecem pertencer ao reino das ficções – assim como toda tecnologia desconhecida para o sujeito ignorante.

1997

Nessa época, o agora coronel reformado Hollanda era um crente convicto da Teoria Extraterrestre (TET) para explicar os casos da Operação Prato. Hollanda Lima concedeu uma entrevista aos pesquisadores Ademar José Gevaerd e Marco Antônio Petit relatando os acontecimentos e as atividades de sua equipe nos dois últimos meses da operação, à exatamente 20 anos após a Operação Prato e cinco anos depois de reformado pela FAB, afirmou acreditar que aqueles objetos só poderiam se tratarem de engenhos pilotados por seres inteligentes vindos do espaço, haja vista desconhecer a existência de tais tecnologias em poder de alguma nação terrestre. O coronel descreveu aos seus entrevistadores, cenas insólitas vividas por ele e equipe durante sua missão na selva amazônica, como o incrível bailar aéreo de aeronaves fora do convencional debaixo de uma forte chuva torrencial na região. O coronel descreveu também, o seu encontro, a poucos metros, frente a uma nave “do tamanho de um prédio de 20 andares” e diversos outros encontros com aquelas luzes de todos os calibres que chegaram ao cume de se aproximavam a poucos metros da equipe da Operação Prato, como se soubessem o que aqueles homens estavam fazendo ali. Segundo contou Hollanda, em certa oportunidade, dois agentes do SNI (extinto Serviço Nacional de Informação, da Ditadura Militar no governo do General Ernesto Geisel), fora de serviço, como disse o coronel, também presenciaram, com a equipe, as manobras de um objeto preto em formato discóide com cerca de 30m de diâmetro, que pairou sobre todos eles. O estranho objeto pulsava luzes de forma ordenada e pôde ser contemplado por diversos minutos. Segundo o coronel, este foi um dos mais fantásticos avistamentos que presenciou. O coronel alega não ter mantido contato com nenhuma espécie de seres alienígenas, no entanto, alguns pesquisadores alegam que há possibilidade de que ele e alguns membros de sua equipe, inconscientemente, possam ter passado por algum processo de abdução ou até mesmo, na possibilidade de terem sido “implantados”.

Afinal, para quem estuda tais assuntos é notório que, por se tratar de incidentes envolvendo manifestações desconhecidas e até “sobrenaturais” do ponto de vista cartesiano, quaisquer hipóteses poderiam ser aplicáveis, haja vista que a equipe de Hollanda se dirigiu diretamente ao seio daqueles fenômenos.

Era espantosa a diversidade dos objetos voadores de maiores dimensões, além de seus periféricos, menores. Tal diversidade se dava tanto quanto aos formatos anatômicos, manobras e dimensões; quanto em seus “comportamentos” diante das testemunhas – ora repulsivos, ora impulsivos. Em sua entrevista, o coronel contou que, “chegamos a verificar pelo menos nove formas de UFOs. Conseguimos determiná-las e classificá-las. Algumas eram sondas, outras naves grandes das quais saíam objetos menores. Filmamos tudo isso, inclusive as naves pequenas voltando ao interior de suas naves-mãe, as maiores. Tudo foi muito bem documentado!”.

Reações aos ataques

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Em sua entrevista, o coronel afirmou que explicava às pessoas para que não reagissem violentamente às estranhas luzes – sobretudo, atirando. Na região Norte e no Nordeste, foram comprovados alguns tristes casos onde as vítimas reagiram - com tiros, ou por outros meios - à presença destas luzes e tiveram fortes conseqüências, chegando algumas a desenvolver seqüelas ou a falecer. Disse o coronel sobre a população local, “eles usavam fogos de artifício para avisar vizinhos e amigos sobre a chegada do chupa-chupa. E muito freqüentemente apontavam suas espingardas de caça para o alto e atiravam nos ovni’s. Nós constantemente dizíamos: não atirem, não atirem. Certa vez, uma luz muito forte foi focada em um homem em Colares. Um carpinteiro entre 50 e 60 anos de idade. Ele tomou seu rifle e mirou no disco. A luz o circundou e ele caiu ao chão, quase paralisado. O carpinteiro ficou se movendo fracamente durante 15 dias. No primeiro dia ficou abobalhado, podia ver, ouvir e falar, mas permaneceu estático por vários dias, dificilmente podendo se mover”, disse Hollanda a Revista UFO.

É necessário destacar que o coronel Hollanda declarou a Gevaerd e Petit que a Operação Prato partiu para a pesquisa em campo desses objetos desconhecidos sem portarem nenhum tipo de arma de fogo. É de se estranhar que, experientes militares tenham partido para uma missão de perigo na selva, podendo ter contato com objetos e seres de natureza desconhecida, sem levarem consigo nenhuma arma, sequer para se defenderem. Hollanda afirmou que sua equipe partiu desarmada e tão somente com os instrumentos de registro (filmadoras e câmeras fotográficas) e demais equipamentos básicos pra camping.

Revelações e Morte

As revelações de Hollanda se mostravam acentuadamente aterradoras e deixaram caladas as autoridades brasileiras, que não declararam nada a respeito das colocações do militar aposentado – quaisquer comentários oficiais sequer foram feitos; nem que desmentisse ou que abonassem as falas do coronel. Após servir as Formas Armadas Brasileiras e depois vir a público prestar declarações acerca de um serviço, secreto à época, as declarações de Hollanda pareciam ter sido completamente ignoradas. Nem mesmo a sociedade brasileira, os jornalistas mais intelectualizados e os grandes veículos da imprensa atentaram a entender a grandiosidade do que estava sendo tornado público por Uyrangê Hollanda em sua entrevista. Poucos foram os veículos da imprensa que, naquele ano de 1997, se arriscou a tecer algum comentário sobre as declarações do coronel à Revista UFO, demonstrando compreender a seriedade e tamanha envergadura daquela questão tão impopular, mas, em verdade, de alto interesse da Segurança Nacional.

E, para a perplexidade geral, cerca de dois meses após conceder a citada entrevista a Gevaerd e Petit, veio à tona a notícia de que o coronel Hollanda teria sido encontrado por sua filha morto, em sua residência na Região dos Lagos, Estado do Rio de Janeiro. Sua morte por enforcamento deixou perplexo o público que acabara de acompanhar suas aterradoras declarações à imprensa ufológica. Alguns pesquisadores entraram em atritos ideológicos sobre a causa mortis de Hollanda, travando acirradas discussões nas páginas da Revista UFO e através de cartas, matérias em jornais e boletins que circularam entre os ufologistas brasileiros àquela época.

O então consultor da Revista UFO, o experiente ufologista argentino radicado na Bahia, Alberto Romero, defendia a hipótese de que o coronel teria sido assassinado; enquanto Marco Antônio Petit e Ademar José Gevaerd defendiam a hipótese do suicídio, alegando que Hollanda já tentara por outras vezes tal ato. Em declarações pessoais a este autor, Gevaerd disse acreditar piamente que o coronel “falou o que sabia" à Revista UFO, porque já estava tramando seu suicídio – há a informação de que Hollanda passou a mancar de uma perna, após tentativa de suicídio fracassada ao saltar de um prédio. O atrito entre Romero e Petit abalou a amizade entre ambos e, posteriormente, causou o desligamento de Romero do conselho editorial da Revista UFO.

Surgiram então diversas teorias e hipóteses para se justificar a morte de Uyrangê Hollanda. Assim como alguns pesquisadores acreditam que ele possa ter sido assassinado por ter “falado demais”, outra facção defende que o coronel não teria morrido (mas sim, trocado de identidade e mudado para fora do país) e que a Operação Prato tratar-se-ia de uma fraude para encobrir testes militares secretos. Os adeptos dessa teoria acreditam que testes secretos de “potências” terrestres envolvendo armas, veículos (voadores/subaquáticos), animais e até seres humanos foram executados na década de 70, no Brasil.

Sendo assim, Hollanda teria vindo a público afirmar a natureza extraterrestre daqueles fatos, a fim de distanciar a opinião pública do que seria a verdade dos fatos: o governo militarista brasileiro estava realizando testes de armamentos e equipamentos de tecnologia desconhecida, possivelmente em parceria com algum grupo ou nação mais desenvolvida ou consentindo tais realizações por terceiros.

Para tais pesquisadores, a FAB já estava informada - com larga antecedência à Operação Prato -, do que se tratavam os fenômenos ocorridos naquela região. Segundo esta linha de pesquisa, a Operação Prato teria por missão final, convencer a população ciente daquelas ocorrências de que, algo “extraterrestre” (e por isso, inexplicável) estava a ocorrer no Norte do Brasil e, para tanto, as entrevistas concedidas por Hollanda mais tarde à Revista UFO e ao pesquisador norte-americano Bob Pratt já “deveriam fazer parte do acobertamento”.

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Ser desenhado por Hollanda, que teria aparecido para ele uma noite em seu quarto .

Teorias e conspirações à parte, sejam terrestres, extraterrestres ou mesmo intra-terrestres, decerto algum tipo de inteligência desconhecida do público agiu notoriamente naquela região e, quem sabe, não continue agindo em diversas outras partes do país, sem que estejamos percebendo. Por se tratar do uso de uma tecnologia avançada e desconhecida (conforme narram as centenas de casos registrados), seu poder encontra-se camuflado em si mesma, podendo ainda, tais manifestações terem se aperfeiçoado magistralmente nestes últimos 30 anos, podendo agora agir junto aos humanos de forma ainda mais sutil, refinada e imperceptível, beirando (ou interagindo) com nossos sonhos.

LIBERAÇÃO DOS DOCUMENTOS

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Após a pressão por parte dos Ufólogos com a campanha "UFOs: Liberdade de Informação Já!", o governo resolveu liberar relatórios sigilosos da Operação Prato para consulta no Arquivo Nacional, em Brasília. Desde a regulamentação da Lei de Acesso à Informação (LAI), alguns documentos da Força Aérea, que relatam eventos de 1950 até 2010, foram liberados. Todos os arquivos secretos de UFO estão sob responsabilidade da Casa Civil desde 2005. Há 1.300 folhas de um total estimado em 25 quilos de material, com descrições, croquis e fotos de óvnis referentes a três lotes de informações da FAB. Os dois primeiros contêm relatos dos anos 50 e 60. O último, aberto em maio de 2013 e do qual faz parte a Operação Prato, cobre a década seguinte.

Os arquivos também mostram que a Aeronáutica teve um departamento específico de estudos sobre UFOs entre 1969 e 1972. O Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados (Sioani) funcionava nas instalações do IV Comar, em São Paulo. Composto por pesquisadores civis e autoridades militares, o Sioani saía à procura de casos pelo País. O material liberado revela com detalhes a doutrina desse departamento - além de cerca de 70 casos apurados, todos retratados com desenhos feitos pelos militares.

Entre o material disponível, a Operação Prato é considerada a mais intrigante. Das cerca de duas mil

páginas de relatórios, 500 fotografias e 16 horas de filmagem documentadas pelos militares do I Comar, de Belém, apenas 200 páginas e 100 fotos tornaram-se públicas. Há relatos de 130 avistamentos por militares e civis.

Há diversas ocorrências documentadas. A de número 16 da pasta Registro de Observações de Óvni, por exemplo, detalha um avistamento feito pelos militares, que escrevem sobre um "corpo luminoso, emitindo lampejos azulados de intensidade" de cor "amarela (âmbar ou quartzo-iodo)" que percorria uma "trajetória de curva à direita, descendente e ascendente" a uma velocidade estimada de 800 km/h. Ele foi presenciado em Colares, às 19h do dia 1º de nov embro de 1977, pela equipe do I Coma r : "Além da luminosidade, o óvni apresentava um pequeno semicírculo avermelhado na parte superior. Sentido de deslocamento sudoeste/ nordeste. Ausência de ruído ou deslocamento de ar." Entre as informações liberadas sobre a Operação Prato, não há registro de contatos com ETs, tampouco explicação para o fenômeno do chupa-chupa.

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Os arquivos, agora públicos, trazem depoimentos de civis, trocas de correspondências entre militares sobre OVNIs, recortes de jornais da época e várias conversas entre pilotos e controladores de voos sobre estranhos fenômenos no espaço aéreo nacional: "Sierra Bravo Juliete, solicitaremos que... se possível, nos fornecesse toda a performance desse objeto luminoso e faremos uma gravação de vídeo, positivo?", comunica a torre de controle de Brasília, como mostra um relatório, a uma aeronave, em 6 de dezembro de 1978. "Afirmativo, inclusive (a luminosidade) está agora a nossa direita, nos acompanhando, ela aumenta e diminui a intensidade... está... não é camada, não é nada... a gente vê que ela aumenta e diminui a intensidade", responde o piloto. Diante de fenômenos desconhecidos no céu, a FAB orienta os pilotos a preencher um formulário. Hoje, o sistema é informatizado, mas, até meados dos anos 70, o papel ficava em bases aéreas e aeroportos. Estima-se que só 10% dos pilotos façam isso.

No momento, apenas os relatórios de UFOs classificados como reservados e confidenciais da Aeronáutica tornaram- se públicos. Espera-se que o Exército e a Marinha façam o mesmo. São aguardadas, também, as páginas com os carimbos de secreto e ultrassecreto. Por lei, as que cumpriram 30 anos de ressalva deveriam ser públicas, mas na prática não é o que ocorre. "Não se quebra uma cultura de uma vez. E eu não sou a favor de divulgar documentos que ferem a privacidade das pessoas, induzem pânico à população ou colocam a segurança do País em risco", defende o brigadeiro José Carlos Pereira, ex-comandante de operações da FAB e ex-presidente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

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Hoje na reserva, o brigadeiro de 67 anos foi considerado por muitos anos o guardião da chave do cofre de segredos ufológicos brasileiros. Foi ele quem ordenou o recolhimento de todo material sigiloso produzido sobre o tema espalhado em bases aéreas e aeroportos do Brasil. A papelada foi levada para o Comando de Defesa Aeroespacial (Comdabra), em Brasília, onde ele exercia a função de comandante- geral, no início da década. Mas somente em 2012 os documentos começaram a chegar ao arquivo nacional.

Durante o funcionamento do Sioani, no IV Comar, toda testemunha era submetida a exames nos quais se avaliavam a presença de psicopatologia, o desvio de personalidade ou a tendência à mitomania. O Sioani procurava saber, ainda, a condição psicofísica da pessoa no momento da observação (em jejum, alimentado, com teor alcoólico, cansado, trabalhando ou distraído), se ela vivia tensões familiares ou políticas e qual religião seguia. O local da aparição do oani (objeto aéreo não identificado, como o ovni era chamado à época) também era esmiuçado: tipo de vegetação, umidade e temperatura aparecem citados nos relatórios.

Algumas fotos dos documentos:

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Para os ufólogos, seria fundamental a liberação das filmagens feitas na selva amazônica para um estudo mais apurado dos fenômenos. No momento, nenhuma das 16 horas de filmagens feitas em super-16 mm estão disponíveis para consulta. Poucas pessoas fora do ambiente militar tiveram acesso a esse material. Pedagoga aposentada, em Belém, Nahima Lopes de Oliveira Gonçalves assistiu às gravações. Ela é filha do brigadeiro Protásio Lopes de Oliveira, que era comandante do I Comar, em 1977. "Papai chegava com os rolos de filmes e ia direto para a biblioteca", conta ela, hoje, com 60 anos. "Um dia, ele deixou a gente assisti-los. Dava para ver luzes se deslocando em todos os sentidos", completa, dizendo que seu pai, já falecido, sempre acreditou em ovnis.

Parentes e amigos do capitão Uyrangê, que esteve à frente da Operação Prato, contam que ele teve até um contato imediato de terceiro grau na margem do rio Guajará-Mirim, no Pará, em dezembro de 1977. Ele e mais um oficial, também já morto, teriam avistado uma nave de 100 m de comprimento, no formato de uma bola de futebol americano, pousar em pé na outra margem do rio. A cerca de 70 m do local, os militares teriam visto uma porta se abrir no alto do objeto e um ET descer e flutuar sobre as águas. Após ouvir o relato dessa experiência, o comandante Protásio teria ordenado o fim da Operação Prato.

EPÍLOGO

O fenômeno "Chupa-chupa" durou da década de 70 até os primeiros meses de 1981.

Porém alguns cientistas discordam dessa visão, para estes o chupa-chupa ainda estaria presente nos dias atuais, tendo apenas menor intensidade.

Nem o contato imediato e nem o epílogo da missão constam do acervo liberado pelo Arquivo Nacional.

Para a grande população, as autoridades ainda mantém as partes mais intrigantes da operação como um mistério.

As populações ribeirinhas ainda contam histórias sobre aqueles dias e a terrível luz que vinha do céu.



Reprodução/Ufo
Wikipedia, Ufovia, Revista UFO, IstoÉ